Há uma barreira ao amor que merece atenção especial porque é muito crucial ao segundo chamado de Jesus Cristo: o medo. A maior parte de nós gasta tempo considerável adiando coisas que deveríamos estar fazendo ou gostaríamos de fazer ou queremos fazer - porque temos medo de fazer. Temos medo do fracasso. Fugimos dele e o evitamos devido ao nosso desejo desordenado de ser apreciado pelos outros.
Cada um de nós paga um alto preço por nosso medo de cair de cara no chão. à medida que ficamos velhos seguimos fazendo apenas aquilo que fazemos bem. Não há crescimento em Jesus Cristo sem alguma dificuldade e embaraço. Se devemos nos manter crescendo, devemos permanecer correndo o risco de fracasso ao longo de toda a nossa vida.
" Enquanto permanecerem lutando por alguma coisa, os homens estarão sempre cometendo erros" - Goethe
Não estamos dispostos a admitir o fracasso na nossa vida, porque em parte, é um mecanismo de defesa da natureza humana contra suas próprias inadequações. Mas, ainda mais do que isso, por causa da imagem de sucesso que nossa cultura exige de nós. Mesmo que fôssemos capazes de viver uma vida sem conflito, sem sofrimento e sem erros, seria uma existência rasa. O cristão profundo é o cristão que fracassou e aprendeu a viver com isso.
Que a oração de Nikos Kazantzakis erga-se dos corações num tom apaixonado de amorosa percepção:
Sou arco em tuas mãos, Senhor.
Estenda-me, para que eu não perca a utilidade.
Não me estendas além da conta, Senhor, posso quebrar,
Estenda-me além da conta, Senhor - e daí se eu quebrar?
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