Não vivo de poesia, vivo a poesia.

domingo, 29 de agosto de 2010

Caminho das chuvas

E a chuva lá fora me contava seus segredos.
Dizia-me:

Os meus caminhos nunca foram os melhores
Eu percorri os lugares assolados desta terra
E vi as lágrimas servirem de alimento
Eu vi que o pobre sofre, e ninguém percebe
Vi que o rico lamenta e também pergunta o porquê
Mas acima de todas essas coisas
Vi a esperança,
E vi que esta não existe sem Aquele
Aquele que proporcionou a vida a todos

Nunca estamos completamente perdidos 
Quando temos em quem confiar
Mas por todas as minhas trajetórias
Vi que tudo passa
E aqui, nada permanece para sempre.