Não vivo de poesia, vivo a poesia.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

The Sun

Quando o sol
Bate na onda
E a onda bate na areia

Quando o sol
Cintila meu rosto

E abro um sorriso
Um sorriso de sereia

Quando o sol
Empurra a maré
E ela vem ao meu encontro
Como fico feliz
Como fico fagueira...

Lorena Sabino

Castelo de Ruínas

Descendo a escadaria
Do meu castelo de ruínas
Vi uma torrente de luz
Ao fim do corredor
Fui chegando de mansinho
E ao olhar para os céus

Senti o vento em meus cabelos
E uma brisa úmida
Fixamente com os olhos no céu
Várias nuvens acobertavam o sol
Subitamente, algo molhava minha face
Simplesmente agradeci aos céus
E ao sair cantando,
Os céus me responderam com um trovão.

Lorena Sabino

sábado, 30 de junho de 2012

A Miséria do Ter

Eu só tinha em minhas mãos
um pedaço de pão
Eu só tinha em meus pés
a poeira e o chão
Eu só tinha em meus olhos
as lágrimas da insatisfação
Eu só tinha em meu corpo
a única roupa então...

Mas eu tinha
na minha mente
na minha alma
a eterna convicção de que,
mesmo não tendo nada,
eu poderia ter um coração
a eterna chama da inspiração
reflexão e da 
ação.

Lorena Sabino

 

Uma Fresta de Luz

Ontem pela noite vi uma fresta de luz,
entre a porta e o chão,
foi um flash na escuridão,
foi um flash na minha visão,
foi um flash na minha intuição,
na minha intenção, na minha sensação e no meu
Coração...

Lorena Sabino



sábado, 21 de abril de 2012

Nostalgia

E aquele mesmo sentimento me assola...
A saudade do que não é o agora, 
meu passado que não existiu,
mas de mim não vai embora...

Aquele lugar, o mesmo lugar, 

que de longe me acena, 
que em meus sonhos se realiza, 
que em um passado ou em um futuro, 
se concretiza...


Autoria: Priscila Ramos, Lorena Sabino




Pintura: George Hyde - Pownall -

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Jack and Rose

Quando te vi chegar ali,
Perto de se jogar,
Perto de se perder,
Meu coração, naquele momento,
Gritou-me a não te perder,
Mesmo não a tendo em meus braços,
Já lhe tinha em meu coração.
Quando lhe puxei então,
Foi como lhe ter por inteiro.


sábado, 24 de março de 2012

Os Prazeres

O primeiro olhar da janela de manhã
A pracinha 
Os banquinhos
A palmeira oscilante
O vento úmido e fresco 
As pessoas
Os carros
A estátua
O jornal
A velha música
O olhar de dentro
O olhar de fora
Do pensamento.

















 

Inspiração: Bertolt Brecht (Prazeres). 
Imagem: Henri Matisse.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Na caminhada

Na caminhada,
Você olha para um lado, uma cadeira,
Você senta...
Escuta uma música de longe,
Começa a refletir,
Era seu destino parar ali e refletir?
Era necessário parar na caminhada?
Na caminhada da vida,
Na caminhada dos sonhos...
Ela caminhava, mas não sabia direito para onde,
A cada dia que se passava, 
A rotina se tornava mais monótona,
Se não fosse por aquela caminhada, 
Por aquela cadeira,
Por aquela música de longe,
Talvez ela não tivesse percebido
A incongruência de sua trajetória,
Com a sua própria vida,
Aquilo que estava tão próximo,
E que, por alguma razão, não era enxergado.
Por alguma razão ou emoção.
Sim, às vezes é necessário parar na caminhada,
Depois da incessante rotina, 
E se perguntar, e refletir, sempre,
Se você está cooperando pela sua felicidade.

Lorena Sabino




quinta-feira, 1 de março de 2012

Passou

O trem passou,


O ônibus passou,


Você perdeu as chances de ir para casa?

Não, só analisei que o ficar é necessário.