Não vivo de poesia, vivo a poesia.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Bicicletas

Na minha infância
Linda infância
O tempo não existia
Toda hora era hora
Eu e minhas bicicletas
Um dia quando bem criança
Chorei por não ter uma
Meu pai ou minha mãe
Não me lembro
Velaram meu choro
E então me presentearam uma
Eu e minhas bicicletas
Quantas vezes caí
Machucando ou não
Sempre subia e continuava
Soltava as mãos
Sentia o vento
Ia até a ponte
Até a praça
5, 6, 7 quilômetros
Até à fazenda
Dos meus tios
Tínhamos medo das vacas
Mas era só correr e não olhar pra elas
Teve uma vez, voltando pra cidade
Saímos bem cedo
E vimos o sol nascendo
No horizonte, um amarelo com laranja
Que nunca vi igual
Descia ladeira
Subia ladeira
Eu, eu e minhas bicicletas.

Lorena Sabino, Goiânia, 08 de novembro de 2013.

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